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Dólar opera com volatilidade após dados de emprego mostrarem um mercado aquecido no Brasil 431w11

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O dólar inicia o pregão desta sexta-feira (31) oscilando entre altas e baixas, com investidores acompanhando a divulgação de dados de emprego no Brasil e à espera de números de inflação nos Estados Unidos.
A taxa de desocupação foi de 6,2% no quarto trimestre de 2024, uma leve baixa em relação à taxa de 6,4% do terceiro trimestre, mostrou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta manhã.
Em 2024, a taxa de desocupação média anual foi de 6,6%, uma forte queda em relação aos 7,8% registrados em 2023. Segundo o IBGE, essa é a menor taxa de ocupação anual registrada em toda a série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.
O dia também é marcado pela divulgação de novos dados de inflação nos EUA, pelo indicador de preços PCE.
Esse é o índice de inflação favorito do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e influencia bastante nas decisões da instituição em relação às taxas de juros americanas. Isso porque o PCE calcula a inflação com base somente nos produtos e serviços mais consumidos pelos americanos.
Além dos dados econômicos desta sexta, o mercado também segue repercutindo as últimas notícias do cenário econômico, com destaque para as decisões sobre juros aqui e lá fora, o discurso do presidente Lula nesta quinta-feira (30) e as ações de Donald Trump, presidente dos EUA.
Dólar
Às 09h25, o dólar subia 0,05%, cotado a R$ 5,8547. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,24%, cotada a R$ 5,8518.
Com o resultado, acumulou:
queda de 1,12% na semana;
recuo de 5,31% no mês e no ano.
Ibovespa
O Ibovespa começa a operar às 10h.
Na véspera, o índice fechou em alta de 2,82%, aos 126.913 pontos.
Com o resultado, acumulou:
alta de 3,65% na semana;
ganho de 5,51% no mês e no ano.
O que está mexendo com os mercados?
O mercado brasileiro repercute os novos dados do mercado de trabalho, divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE. A taxa de desocupação média de 2024 foi a menor da série histórica, com 6,6%, e encerrou o ano em 6,2%, de acordo com os dados do último trimestre do ano.
Embora a taxa de desemprego baixa seja positiva para a população, porque representa mais pessoas ocupadas e com rendimentos, o mercado observa com cautela um mercado de trabalho aquecido, porque mais dinheiro na mão da população pode gerar maior demanda de produtos e serviços e mais inflação.
Falas de Lula e decisões sobre juros ainda repercutem
As novas falas do presidente Lula continuam repercutindo. Durante entrevista a jornalistas, o petista fez comentários sobre as contas públicas, os preços do diesel, a liderança de Galípolo no BC, Trump e as tarifas dos Estados Unidos e, por fim, saiu em defesa de Haddad, após o presidente do PSD, Gilberto Kassab, chamá-lo de “fraco”.
Lula afirmou que tem “muita responsabilidade” em relação ao cenário fiscal e que deseja o menor déficit possível, mas negoi que planeja desenvolver uma nova medida fiscal — afirmação que vai na direção oposta às sinalizações da equipe econômica.
Além disso, o petista disse que o novo presidente do BC, Gabriel Galípolo, “fez o que ele entendeu que deveria fazer” em relação aos juros do país e negou que tenha “autorizado” um aumento do preço do diesel. Sobre Trump, Lula afirmou que, se os americanos decidirem taxar o Brasil “haverá reciprocidade”.
Do lado dos juros, as decisões do Copom e do Fed seguiam na mira dos mercados. Nos EUA, o comunicado divulgado após a reunião, que acabou com a manutenção das taxas de juros americanas entre 4,25% e 4,50% ao ano, veio mais duro do que o mercado esperava.
Segundo o colegiado, a taxa de desemprego se estabilizou em um nível baixo nos últimos meses, enquanto as condições do mercado de trabalho “permanecem sólidas”. Já a inflação “continua um tanto elevada”, acrescentou o Fed, que retirou o trecho que destacava o progresso em direção à meta de 2% ao ano.
Segundo analistas da XP Investimentos, “isso reforça a postura cautelosa da autoridade monetária recentemente”. Além disso, em coletiva de imprensa realizada após a reunião, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que “não há pressa para reduzir os juros novamente”.
O Índice de Preços ao Consumidor nos EUA encerrou 2024 com uma alta acumulada de 2,9% e há temores que o mercado de trabalho ainda muito aquecido, com a taxa de desemprego estabilizada num patamar baixo, possa continuar estimulando muito a atividade econômica e gerar mais inflação.
Também, a leitura do mercado é que o BC dos Estados Unidos deve continuar atento aos movimentos políticos do novo presidente do país, Donald Trump — ainda que o comitê evite mencionar o tema nos comunicados divulgados ao público,
A chegada do republicano ao poder pode gerar uma maior pressão inflacionária, caso o presidente decida cumprir suas promessas de aumentar as tarifas de produtos importados. Isso aumentaria os preços para os consumidores americanos e pressionaria o Fed por uma política monetária mais firme, com juros altos para conter o avanço dos preços.
Já no Brasil, a reunião do Copom terminou como o mercado esperava: com o aumento de 1 ponto percentual da taxa Selic, que chegou ao patamar de 13,25% ao ano.
Como a inflação está crescendo no país, o Copom prevê na próxima reunião uma nova alta na Selic.
“Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de mesma magnitude na próxima reunião”, escreveu o Copom.
O Copom, porém, não trouxe mais pistas sobre o que pensa para as reuniões de maio em diante.
“Para além da próxima reunião, o Comitê reforça que a magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”.

“Essa flexibilidade permitirá ao comitê reduzir o ritmo de elevação de juros caso a economia desacelere nos próximos meses (como prevemos)”, destacam analistas da XP.

 

Fonte: G1 – Brasil

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