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Vem junto 173j6c

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Antes que alguém possa interpretar o título desse texto como uma conclamação para que “Homens e mulheres de bem se unam para derrotar o mal que se infiltrou na sociedade”, entendido o mal, invariavelmente, como os que pensam diferente de nós, adianto que não é esse o significado.

Nada a ver também com “Juntos somos mais fortes” ou qualquer outro chavão em voga na política, nas redes sociais ou outro lugar onde o interesse é ganhar seguidores, adeptos ou apoiadores.

O sentido é bem mais frugal, mais simples, até mesmo óbvio. Apesar de óbvio, só atinei para a questão do “Vem junto” quando o Luigi, ainda sentado no vaso do banheiro, justificou o pum que havia acabado de soltar: “Pai, pai, é que quando a gente faz força pra fazer xixi e cocô, o pum vem junto”.

Parênteses – Não sou de compartilhar sentimentos, mas como estamos somente nós 12 (eu que escrevo e vocês 11 que me leem), confesso que fiquei orgulhoso do Luigi que, apesar de jovem, percebeu algo que boa parte da humanidade reluta em aceitar: que a toda ação corresponde uma reação.

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Sabiam vocês que no século 19 a poluição que mais preocupava os habitantes das grandes cidades era a bosta de cavalo? Sei que é difícil acreditar, mas é a mais pura e fétida verdade.

O acúmulo de merda de cavalo nas ruas das grandes cidades decorria, claro, da enorme quantidade de equinos que eram usados para transportar pessoas, produtos e cargas pelas ruas das cidades que, naquela época, começavam a se agigantar e produziam, como consequência, 1.500 toneladas de estrume que eram cagadas, digamos assim, em suas ruas todos os dias (sem contar a urina).

A situação era tão caótica que esse foi o principal tema discutido na I Conferência Internacional de Planejamento Urbano do mundo, ocorrida em Nova York, no ano1898. Embora o assunto tenha sido arduamente debatido, a conferência terminou e o problema da bosta do cavalo nas grandes cidades continuou sem solução, tanto que os estudiosos previram que em 50 anos a cidade de Londres teria suas ruas soterradas por 3 metros de cocô equino (sem contar a urina). Enfim a previsão era de que, se não o mundo, ao menos as grandes cidades se tornariam uma merda só.

Como isso não aconteceu, até consigo ouvir o pensamento da chique e viajante leitora: “Ué!? Mas se não arranjaram um meio de acabar com a merda (sem contar a urina), como é que semana ada, quando estive em Londres, a cidade estava limpinha?”

E a pergunta é pertinente, tanto mais porque esqueci de mencionar

que nesse meio tempo inventaram os carros a combustão que, em poucos anos, substituíram os cavalos e suas bostas (sem contar a urina).

Agora o problema da poluição nas grandes cidades responde por outro nome, dióxido de carbono, que vem a ser a fumaça emitida pelos carros, mas esse já é outro assunto.

Termino o texto deixando com vocês as palavras do sábio Luigi: “Quando a gente faz força pra fazer xixi e cocô, o pum vem junto”.

Alemão Tedesco (56) é advogado e pai do Luigi.
Facebook: Alemão Tedesco / Twitter: @alemaotedesco / Youtube: Bom dia Epitácio / e-mail: [email protected]
Nas redes sociais transmitimos ao vivo um programa de entrevista e comentários sobre… tudo, inclusive a nossa região, de segunda a sexta-feira, das 11:50 às 12:20. Assista a gente e, querendo, fique a vontade para criticar.
PS – Para os que não conhecem, Luigi é meu filho e tem de 4 anos.

 

José Carlos Botelho Tedesco (Alemão Tedesco) é advogado e mora no Oeste Paulista /
e-mail: [email protected] /
Facebook: Alemão Tedesco e Alemão Tedesco II /
Twitter: @alemaotedesco

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